no cais de embarque estava só eu
quase cansado
e a sombra da bruxa mais feia da terra que leu
o meu fado
o mar imenso à frente
espumando de raiva lambendo penedos
impando com fome de gente
ria e torcia nas ondas os medos
agarrados aos braços da grua
e eu
no cais de embarque encharcado de lua
abracei o mar
e o mar bebeu
a sede que eu tinha de amar
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