falas de um vento forte
que sopra e te arrasta
como folha de árvore seca
que o outono envelheceu
caíste de borco na planície
onde há ainda malmequeres
a berrar brancos e amarelos
e a rir dos pardais que esvoaçam
sobre ti e contra o vento
vento que uiva
e se estatela nos pedregulhos
donde escorrem lamentos e segredos
que nos invadem e são
como tortura
a deixar nos malmequeres
a vontade de secar
falas de um vento forte que sopra
dum vento que é a imagem
do que tu sentes na alma
vento que te arrasta e em breve
te tornará em miragem
falas de um vento forte
vento-cavalo que montas
vento que ao fim de contas
te há-de arrastar para a morte
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Muito bonito. Mas vamos lá pôr de lado a melancolia, ok?
ResponderEliminarSabes como é!
ResponderEliminar"Pássaro sem asas não pode voar"....
Não foi o Fanhais que cantou ?!
As minhas asas são o tempo que não tenho....
Um abraço