08/04/2010

Rio quase mar


em qualquer sítio sentado
a ver o Tejo quase mar
despejei nele um poema
que trazia cá por dentro
e o rio levou para salgar

lá onde o sol mergulha
cansado de aquecer
um país que já não sabe
o que foi e o que vai ser

olhei daqui o poente
a tingir de vermelho o céu
longe lá longe
onde se afundam sonhos no mar

para lá do que a vista alcança
só vale a pena sonhar
se soubermos ser criança


*

1 comentário: